A fiscalista da consultora EY, Anabela Silva, diz à Renascença que no próximo ano quem não for aumentado sentirá um alívio no IRS.
As conclusões das simulações da entidade apontam que os mais desfavorecidso e aqueles que tiverem filhos mais pequenos são os principais beneficados pelo próximo Orçamento do Estado.
Em análise à proposta do OE 2023, a especialista explica que o “o aumento do rendimento líquido” para os trabalhadores que não forem aumentados deve-se “à atualização do escalões de rendimento coletado, efetuada em 5,1%”.
Quem também sai beneficiado é quem ganha perto do salário mínimo nacional, com a alteração das regras do mínimo de existência. Quem tiver aumentos salariais abaixo de 5,1% pode contar ainda com um alívio fiscal extra, mas só se não tiver dependentes
“Por exemplo, se tivermos a falar de agregados em que os dois membros sejam casados ou solteiros sem filhos, o que vemos é que se o aumento for abaixo dos 5,1%, então verificamos que o aumento do rendimento líquido será melhor que o aumento do rendimento bruto. Ainda tem alguma poupança fiscal”, explica.
Já
quem tiver aumentos acima da média arrisca subir de escalão, o que vai agravar
o imposto.
“Quem tem agregados com mais baixo rendimento, por causa da reformulação das regras dos mínimos de existência, têm mais ganhos. Genericamente, todos os níveis de rendimento têm ganhos, relativamente a 2022”, aponta.
Para quem tiver mais do que um filho, abaixo dos seis anos, também é mais beneficiado.
Anabela Silva conclui ainda que a classe média tem ganhos neste
OE, mas já houve Orçamentos mais favoráveis para quem suporta a maior
parte da receita fiscal.
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