//OE2021: BE e PCP acusam PS de se juntar à direita nas políticas de saúde

OE2021: BE e PCP acusam PS de se juntar à direita nas políticas de saúde

“Não basta o PS dizer que quer mais contratações para o SNS e logo a seguir levantar-se com a direita para chumbar um regime de dedicação plena que atrairia mais profissionais e estancaria a saída para os privados”, disse o deputado do BE Moisés Ferreira no arranque do debate em plenário das normas avocadas de segunda-feira, na votação na especialidade do Orçamento do Estado, tendo sido as propostas da esquerda novamente chumbadas.

O parlamento chumbou na segunda-feira as propostas do BE e PCP que pretendiam uma implementação mais rápida da exclusividade no SNS, tendo sido aprovada uma proposta do PS para a regulamentação do regime de exclusividade dos profissionais no Serviço Nacional de Saúde (SNS) no período pós-pandemia.

De acordo com o texto dos socialistas, “no período pós-pandemia” o Governo procederia à regulamentação, no quadro da Lei de Bases da Saúde, à “aplicação progressiva do regime de trabalho de dedicação plena, nomeadamente aos coordenadores de unidades de saúde familiar e diretores de centros de responsabilidade integrados, baseado em critérios de desempenho e respetivos incentivos”.

Segundo o parlamentar do BE, “não basta apresentar uma norma a dizer que depois da pandemia logo se vê”, uma vez que “as medidas são precisas para agora”.

Moisés Ferreira disse ainda que “não basta o PS dizer que é com ele que o SNS anda para a frente se, por causa desse mesmo PS, a carreira dos técnicos auxiliares de saúde não anda para lado nenhum”, numa referência a outro dos textos do BE rejeitados na segunda-feira.

Pelo PCP, a deputada Paula Santos disse que “mais do que palmas, os trabalhadores da saúde precisam de ser valorizados no plano profissional, social e salarial”.