Os pagamentos em atraso das entidades públicas ascenderam a 654,7 milhões de euros no final de abril, valor que representou um aumento de 173,2 milhões de euros relativamente ao mesmo período de 2020.
De acordo com a Síntese de Execução Orçamental hoje divulgada pela Direção-Geral do Orçamento (DGO), o valor dos pagamentos em atraso registados no final de abril refletiu também uma subida face ao verificado no final do mês anterior, em 82,3 milhões de euros. .
“Para a evolução homóloga, contribuíram, sobretudo, os Hospitais EPE, que registaram um aumento de 178,1 milhões de euros, atenuado pela diminuição de 21,7 milhões de euros na Administração Regional”, sublinha a DGO.
Também no que diz respeito à variação mensal, o maior contributo foi registado nos Hospitais EPE, com um aumento de 78,5 milhões de euros.
O saldo das contas públicas agravou-se em 3.148 milhões de euros até abril face ao mesmo período do ano passado, resultando num défice de 4.845 milhões de euros, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira.
No comunicado divulgado pelo Ministério das Finanças que antecede a divulgação da Síntese de Execução Orçamental, é referido que o agravamento do saldo das contas públicas é explicado “pelo impacto do confinamento e da resposta à pandemia, incluindo as medidas extraordinárias de apoio direcionadas a famílias e empresas”, resultando do efeito combinado da contração da receita (-6,3%) e do aumento da despesa primária (+6,0%).
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