//OE2022. Governo acusa BE de “total intransigência” nas negociações

OE2022. Governo acusa BE de “total intransigência” nas negociações

O Governo reagiu este domingo à possibilidade do Bloco de Esquerda votar contra o Orçamento de Estado para 2022, apontando uma “total intransigência para assegurar aproximações” da parte dos bloquistas e enfatizando que este é um orçamento “justo” e “equilibrado”.

As palavras são da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho que, este domingo, marcou presença numa conferência de imprensa convocada após o anúncio do voto contra ao Orçamento de Estado para 2022 (OE2022) do BE, e na qual partciparam também a ministra da Saúde, Marta Temido, e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro.

Para Ana Mendes Godinho, este é “um orçamento justo” e “equilibrado”, defendendo que “deve ser viabilizado”. A governante, que na ocasão fez um enquadramento das medidas inscritas no OE 2022 relativamente à sua pasta, sublinhou ainda que o documento traduz opções políticas que “têm de resultar de compromissos e não de imposições”.

Na sua opinião, este OE “é uma resposta às pessoas e uma oportunidade para as políticas de esquerda em Portugal”.

Por sua vez, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, afirmou que o Governo mantém aberta a porta negocial, mas que se encontra numa posição difícil. “O BE fez a sua avaliação [ao OE] relativamente às nove propostas que apresentou, se o processo continuar a ser nas nove, a disponibilidade não é muito grande”, disse.

O governante defendeu que foram “feitas “aproximações” em várias dessas propostas, embora “não em todas”. E destacou que esta proposta de OE prevê aumento do salário mínimo, aumento dos funcionários públicos, desagravamento em dois escalões do IRS, aumentos de pensões e um aumento da dotação no Serviço Nacional de Saúde de 700 milhões de euros.