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O ministro das Finanças destacou o “contexto muito mais favorável” da economia portuguesa para o Governo conseguir apoio dos partidos para o Orçamento do Estado para 2022, nomeadamente após provar que “não houve nenhum desastre financeiro”.
“Estou confiante que este ano, até mais do que no ano passado, […] temos muito mais condições para conseguir a aprovação do Orçamento do Estado para o próximo ano”, disse João Leão.
Em declarações à agência Lusa no final da reunião dos ministros da Economia e das Finanças da União Europeia, em Kranj, na Eslovénia, o ministro de Estado e das Finanças justificou que para isso contribui desde logo “o contexto macroeconómico e o mercado de trabalho e de evolução económica muito mais favorável”.
Mas também o facto de se ter “conseguido enfrentar muito bem o contexto mais difícil” criado pela pandemia de covid-19, acrescentou o governante.
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A cerca de um mês de o Governo entregar a sua proposta para orçamento do Estado para 2022, João Leão reforçou estar “confiante [nomeadamente] de que os partidos dos partidos mais à esquerda se queiram associar”.
“Ainda por cima num contexto em que o país já está em forte recuperação económica e com o emprego em máximos de há 12 anos”, acrescentou.
Já recordando as críticas à proposta de Orçamento do Estado para 2021, nomeadamente dos partidos de direita, João Leão disse à Lusa que, “como se viu, não houve nenhum desastre financeiro”.
“E Portugal, pelo contrário, não teve nenhum orçamento retificativo e posso comprovar que não haverá. As receitas não caíram a pique e o país até conseguiu, pela primeira vez na história, financiar emissão de dívida […] com taxas de juros negativas”, elencou.
“Aconteceu exatamente o oposto”, insistiu o governante, admitindo que estas são sempre “negociações muito intensas e exigentes”.
“Em geral, acho que ano após ano conseguimos mostrar que conseguimos tomar decisões que eram boas para os portugueses, boas para a economia portuguesa, responsáveis e sustentáveis”, concluiu.
A reunião do Ecofin decorreu este fim de semana em Kranj, no âmbito da presidência eslovena do Conselho da UE.
Falando hoje à imprensa no final do encontro, o vice-presidente da Comissão Europeia Valdis Dombrovskis avisou que os países da UE devem acautelar, nos orçamentos nacionais para 2022, o regresso das regras para défice e dívida no ano seguinte, após a suspensão de tais normas para permitir apoios às economias durante a crise da covid-19.
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