//Onde investir? Vacinas trazem mais apostas

Onde investir? Vacinas trazem mais apostas

É um ano de esperança, mas também de riscos. Depois de um 2020 marcado por uma das mais graves crises económicas devido às medidas adotadas pela maior parte dos governos para travar a epidemia do novo coronavírus, o ano começa com mais esperança, garantem analistas e economistas. O aparecimento das vacinas acalma as populações e beneficia o sentimento dos consumidores, melhorando as perspetivas de uma recuperação económica.

Este sentimento positivo já tem sido visível nos mercados de capitais, que já vinham a espelhar a expectativa de uma recuperação económica. “As vacinas resultaram numa menor aversão ao risco. Um movimento de maior risk-on (tomada de risco) pode ser expectável”, admite Paulo Rosa, economista do Banco Carregosa.

Nas bolsas, “em 2021 poderá surgir a oportunidade de assistirmos a uma recuperação acentuada dos setores que foram mais prejudicados ao longo do ano passado”, aponta Henrique Tomé, analista da XTB. E lembra que “o setor dos serviços, o setor energético e o setor financeiro acabaram por ser dos mais prejudicados pela pandemia, sendo que o setor energético acaba por ser aquele que representa o pior desempenho em 2020”.

Ainda assim, as boas práticas de investimento continuam em vigor. Os analistas recomendam a diversificação dos investimentos, com uma boa parte das poupanças a serem aplicadas em produtos de capital garantido, como é o caso dos certificados de aforro e certificados do tesouro. Mas, segundo António Ribeiro, economista da Deco Proteste, em 2021 pode valer a pena olhar também para produtos sem capital garantido, como é o caso dos fundos de investimento mistos, com ações e obrigações, numa lógica de investimento no longo prazo, com maior retorno.

Obrigações, ações, ouro e mesmo bitcoin são também opções a avaliar e a poder incluir ou reforçar na carteira em 2021. Sempre tendo em conta os riscos que se avizinham, incluindo um maior aumento do desemprego e do crédito malparado na banca e mais medidas restritivas por parte dos governos, que afetem a atividade económica.

Ações e obrigações soberanas