Recuperar para a órbita do clube as participações dispersas nas mãos de acionistas não estratégicos e permitir evitar alienações indesejadas são alguns dos objetivos do Sport Lisboa e Benfica com a Oferta Pública de Aquisição (OPA) parcial lançada à sua SAD.
A pertinência da OPA surge agora uma vez que há capacidade financeira e a SAD das “águias” está a tornar-se cada vez mais atrativa. O prazo para a aprovação da operação termina daqui a aproximadamente duas semanas, sabe o Dinheiro Vivo.
O Benfica, que já controla direta e indiretamente 66,9% do capital da SAD, lançou uma OPA parcial sobre 28,06% do capital disperso em bolsa, por cinco euros por ação. O clube da Luz pretende controlar 95% da SAD, mantendo as restantes ações a negociar no mercado, tendo revelado anteriormente que não irá requerer a saída de bolsa da SAD benfiquista.
“O preço oferecido por ação visa assegurar que os acionistas que adquiriram as suas ações na sociedade visada no decurso da oferta pública de distribuição realizada em 2001 possam vender as ações de que são titulares a um preço semelhante ao preço nominal a que as mesmas foram então subscritas (1.000 escudos, ou seja, 4,99 euros)”, pode ler-se no anúncio da operação à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Embora o preço nominal de aproxime do valor investido há 18 anos, em termos reais, o acionista irá perder 26% do valor investido, com esta operação, ao qual acrescem os custos bancários.
Ainda assim, preço foi considerado atrativo para ambos os lados, já que não é possível ter dois valores, um para os acionistas fundadores e outro para os restantes.
Dada a proibição por lei de os membros dos Órgãos Sociais aceitarem a OPA, o Sport Lisboa e Benfica propôs a celebração de um contrato de compra e venda das suas ações ao preço da OPA parcial lançada à SAD do clube, quando estes deixarem de exercer as funções societárias que desenvolvem atualmente.
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