A oferta pública de aquisição (OPA) da Cofina sobre 100% da Media Capital “não implica nenhuma restrição” à entrada de novos acionistas na dona da TVI, o que significa que apresentadora Cristina Ferreira pode ter uma participação.
Questionada pela Lusa sobre se a OPA modificada da Cofina condiciona a entrada de novos acionistas, fonte oficial da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) disse que a “oferta não implica nenhuma restrição à transmissibilidade de ações, pelo que de qualquer dos acionistas pode vender antes e independentemente da OPA”.
Além disso, “qualquer terceiro pode comprar ações em mercado ou fora de mercado”, acrescentou.
Em 17 de julho, foi anunciado que a apresentadora Cristina Ferreira estava de regresso à TVI em setembro como diretora de entretenimento e ficção, tendo manifestado interesse junto da Prisa em comprar uma participação no capital social da Media Capital.
Em 14 de maio, o empresário Mário Ferreira comprou 30,22% da Media Capital, através da Pluris Investments, numa operação realizada por meio da transferência em bloco das ações por 10,5 milhões de euros.
A CMVM está a analisar o acordo parassocial entre a Pluris e a Prisa, na sequência da entrada de Mário Ferreira na Media Capital e, se existir concertação, o empresário terá de lançar uma OPA.
Na quarta-feira, a Cofina anunciou o lançamento de uma OPA sobre a totalidade do capital da Media Capital, alterando a oferta de 21 de setembro, sendo o valor de referência proposto de 0,415 euros por ação, a que corresponde a um montante total de 35 milhões de euros e considera um ‘entreprise value’ de cerca de 130 milhões de euros.
A Media Capital é detida em 64,47% pela Vertix SGPS (Prisa), tendo a Pluris Investments 30,22%. O NCG Banco tem 5,05%, sendo que o capital disperso em bolsa (‘free-float’) é de 0,26%.
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