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O secretário-geral da Apritel, Pedro Mota Soares, afirmou hoje, em declarações à Lusa, que os operadores estão preparados para entregar a tecnologia 5G “mal a Anacom conclua o seu trabalho e entregue as licenças”.
O leilão 5G terminou na quarta-feira, com o valor final da receita de 566,802 milhões de euros, ou seja, 0,26% do Produto Interno Bruto (PIB).
“Os operadores estão preparados para entregar a tecnologia 5G no país mal a Anacom [Autoridade Nacional de Comunicações] conclua o seu trabalho e entregue as licenças”, afirmou o secretário-geral da associação que representa os operadores de comunicações eletrónicas.
“Congratulamo-nos com a conclusão do leilão”, mas o atraso “é responsabilidade de quem desenhou as regras, os operadores limitaram-se a respeitar as regras fixadas pelo regulador”, acrescentou.
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“A Apritel sempre defendeu que o leilão deveria ser um leilão rápido e que orientasse o investimento dos operadores para o desenvolvimento do país, para o desenvolvimento das redes, não para licenças que sejam demasiado caras” e, face a isto, “Portugal perdeu porque se atrasou neste processo e porque a conclusão não foi neste sentido”, sublinhou.
“Tivemos um leilão que foi lento e que no final não atingiu os objetivos que tinha porque teve regras mal desenhadas”, rematou Pedro Mota Soares.
O presidente da Anacom tinha afirmado esta manhã que o arranque dos serviços 5G “depende dos operadores”, não avançando com uma data para a comercialização das ofertas.
Na conferência de imprensa sobre o fim do leilão, João Cadete de Matos disse que a NOS e a Meo “utilizaram sistematicamente incrementos de 1%” na faixa 3,6 GHz, o que atrasou o fim do leilão 5G.
“Verificamos que houve empresas que usaram todo o incremento”, mas destacou que a “NOS, em primeiro, e a Meo”, em segundo, “utilizaram sistematicamente incrementos de 1%” na faixa 3,6 GHz no leilão e “só excecionalmente usaram incrementos de 5%”, apontou o presidente da Anacom.
Cadete de Matos considerou que a duração do leilão teria sido “muito menor” se os licitantes na faixa 3,6 GHz tivessem feito licitações de 5%, 10% ou de 20%.
Com este leilão, Portugal passa a contar com cinco operadores móveis — Meo (Altice Portugal), NOS, Vodafone Portugal, Nowo e Dixarobil (grupo romeno Digi) — “destinados à comercialização de ofertas para toda a população” e “outro para ofertas grossistas”, a Dense Air, acrescentou o regulador.
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