De todos os pontos sob avaliação, o que apresenta uma nota mais negativa é o da forma como são explicitados os “encargos futuros com SPE” [Sociedades de Propósito Específico], abaixo dos 30 pontos. O painel refere ainda que o relatório do OE 2025 é “pouco claro” sobre os objetivos de política do Governo e a sua tradução orçamental.
“Há informação muito relevante que não é disponibilizada no ROE [Relatório do Orçamento do Estado], nomeadamente a variação da despesa líquida, bem como o impacto orçamental plurianual de projetos de investimento público já contratualizados ou a contratualizar”, refere o relatório.
Acima de tudo, os especialistas queixam-se de não existir um “bom sumário executivo” e de haver “reflexão política excessiva”, pedindo ainda “maior transparência” nos valores globais das pensões e uma secção dedicada exclusivamente à transparência orçamental.
Os principais resultados da 14.ª edição do Budget Watch, divulgados esta terça-feira, serão apresentados durante a tarde num evento em Viana do Castelo, organizado pela Caixa Geral dos Depósitos.
Para o Budget Watch 2025, votaram os seguintes economistas de diferentes universidades: António Afonso (ISEG), Francesco Franco (NOVA), Francisco Nunes (ISEG), João Ferreira do Amaral (ISEG), João Jalles (ISEG), João Madeira (IBS), José Alves (IPP), Linda Veiga (U. Minho), Luís Aguiar-Conraria (U. Minho), Luís Serra Coelho (U. Algarve), Manuel Freitas Martins (U. Porto), Maria Teresa Garcia (ISEG), Miguel Cadilhe (U. Porto), Óscar Afonso (U. Porto), Patrícia Melo (ISEG), Paulo Trigo Pereira (ISEG), Ricardo Cabral (ISEG), Ricardo Reis (LSE), Sofia Monteiro (ISEG) e Susana Peralta (NOVA).
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