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O Presidente da República afirmou esta quinta-feira que, assim como elogia a proposta de Orçamento do Estado para 2024, reitera que a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) está atrasada e tem de acelerar.
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“O Orçamento está a correr bem, a execução do PRR não tão bem como eu queria”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa, em resposta a perguntas dos jornalistas, na Câmara de Saint-Gilles, na região de Bruxelas, no fim da sua visita de Estado à Bélgica.
Questionado sobre por que razão elogiou a proposta de Orçamento do Estado para 2024, o Presidente da República respondeu: “Por uma razão muito simples, porque ultrapassou as minhas expectativas”.
Na sua opinião, “o ministro das Finanças [Fernando Medina] é muito discreto, conduziu a preparação deste Orçamento de forma a surpreender em termos das disponibilidades existentes, e agora tirou proveito dessas disponibilidades, ou pode tirar, para momentos complicados ou críticos”.
“Mas eu tanto digo isso como digo, continuo a dizer, que o PRR está atrasado. E que esse é um problema complicado. É que olhamos para os números e há metade do dinheiro já disponibilizado que está no terreno”, acrescentou.
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Interrogado sobre quem responsabiliza nessa matéria, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que “o sistema de gestão mudou várias vezes” de governante para governante e que “depois há uma parte que não depende do Governo, que é a passagem para as CCDR (Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional), o poder local, e a máquina administrativa a fazer avançar os projetos”.
Segundo o chefe de Estado, “os concursos são abertos, e depois é uma eternidade”.
“A ferrovia arrancou, mas ainda não arrancou no terreno. As pontes — estou só a falar de grandes obras públicas — arrancaram, mas não arrancaram no terreno”, apontou, defendendo que “é preciso acelerar isso” e que 2024 “tem de ser aí um ano de aceleração”.
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