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O fundador da Web Summit, Paddy Cosgrave, demitiu-se da presidência executiva da cimeira tecnológica, com “efeitos imediatos”. A saída do cargo surge depois de empresas como a Meta, Google e Amazon terem anunciado que não iriam à Web Summit, que se realiza no próximo mês em Lisboa, na sequência das declarações críticas de Cosgrave sobre a atuação de Israel no conflito com o Hamas.
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A organização diz que um novo CEO será nomeado o mais brevemente possível, e que mantém o evento em Lisboa, que começa a 13 de novembro e termina no dia 16.
“Infelizmente, os meus comentários pessoais tornaram-se uma distração do evento, da nossa equipa, dos nossos patrocinadores, das nossas startups e das pessoas que participam”, diz Cosgrave numa curta declaração enviada à imprensa. “As minhas desculpas sinceras por algum sofrimento que tenha causado”, acrescenta.
Na terça-feira, o fundador da Web Summit já tinha pedido desculpas públicas pelas declarações que fez sobre sobre o conflito no Médio Oriente na rede social X (ex-Twitter). “Compreendo que o que disse, o momento em que disse e a forma como foi apresentado causou profunda dor a muitos. Para qualquer pessoa que ficou magoada com minhas palavras, peço profundas desculpas”, escreveu no blog da Web Summit nesse dia.
Cosgrave tinha escrito na rede X que “os crimes de guerra são crimes de guerra, mesmo quando cometidos por aliados, e devem ser denunciados pelo que são”, e que estava “chocado com a retórica e as ações de tantos líderes e governos ocidentais”, com exceção do “governo da Irlanda, que pela primeira vez está a fazer a coisa certa”.
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