O cofundador e presidente executivo da Web Summit, Paddy Cosgrave, agradeceu esta segunda-feira às forças de segurança portuguesas, que decidiram à última hora reforçar o controlo de mochilas, atrasando em cerca de 15 minutos o início da cimeira tecnológica.
“Há duas horas [as forças policiais] tomaram a decisão de começar a ver as mochilas”, reforçando o controlo de segurança, adiantou Paddy Cosgrave.
“Nós respeitamos e achamos que o interesse deles é o interesse de todos vós”, acrescentou.
No entanto, fonte oficial da PSP contactada pela Renascença recusou a tese de aumento de segurança e apenas admitiu que havia um excesso de afluência à Altice Arena, em Lisboa.
Por esse motivo, os acessos ao pavilhão foram encerrados e os espetadores reencaminhados para ecrãs gigantes que transmitem a cerimónia para o exterior.
A mesma fonte garante ainda que o adiamento de 15 minutos não se deveu a qualquer mudança de procedimentos.
“Todos portugueses”, garante Paddy
Segundo o cofundador da Web Summit, que decorre até quinta-feira, estavam cerca de 50.000 pessoas a assistir à cerimónia de abertura do evento.
Antes de passar a palavra a Edward Snowden, que participa como orador por videoconferência, Paddy Cosgrave pediu a todos os participantes que se levantassem e cumprimentassem duas pessoas ao seu lado.
“Durante a próxima semana vamos ser todos portugueses”, sublinhou.
Fundada em 2010 por Paddy Cosgrave, Daire Hickey e David Kelly, a Web Summit é considerada um dos maiores eventos de tecnologia, inovação e empreendedorismo do mundo e evoluiu em menos de seis anos de uma equipa de apenas três pessoas para uma empresa com mais de 150 colaboradores.
A cimeira tecnológica, que nasceu em 2010 na Irlanda, passou a realizar-se em Lisboa desde 2016, vai manter-se na capital até 2028, depois de, em novembro do ano passado, ter ficado decidida a permanência da conferência em Portugal por mais 10 anos, após uma candidatura com sucesso.
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