//Pandemia arrasou os segundos empregos

Pandemia arrasou os segundos empregos

É uma queda sem precedentes, nem mesmo vista durante o período da troika. O número de portugueses com um segundo emprego registou a maior deterioração trimestral entre abril e junho deste ano, pelo menos desde 2011 quando se iniciou a atual série do Instituto Nacional de Estatística.

De acordo com os cálculos do Dinheiro Vivo com base nos dados do Inquérito ao Emprego do INE, entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano, registou-se uma queda de quase 30%, representando mais de 62 mil pessoas que ficaram sem uma segunda fonte de rendimento.

No primeiro trimestre do ano – que já sentiu algum impacto a partir de meados do mês de março – 216,4 mil pessoas tinham um segundo emprego, representando 4,4% do total das pessoas empregadas. Esse valor desceu para 154,3 mil portugueses no trimestre seguinte, correspondendo a 3,3% da população empregada.

Este valor nunca foi registado na atual série do INE que remonta a 2011. Nem nos piores anos da intervenção da troika, com o programa de ajustamento económico e financeiro. Mas também a queda do PIB foi histórica.

No trimestre do confinamento e do estado de emergência, o produto interno bruto (PIB) sofreu uma contração de 16,5% face ao segundo trimestre de 2019. Comparando com o primeiro trimestre deste ano a quebra foi de 14,1%.