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Amancio Ortega, o milionário espanhol dono da Zara, contabiliza já um património líquido de 61.132 milhões de euros. O valor traduz a soma do património líquido de todas as empresas controladas pelo empresário, que criou um dos maiores grupos mundiais de distribuição de vestuário, a Inditex.
As contas estão no relatório financeiro individual da Pontegadea Inversiones, a holding familiar de Ortega, e revelam que, a 31 de dezembro de 2020, o seu universo empresarial estava avaliada em mais de 61 mil milhões de euros, apresentando um crescimento de 4% face a 2019 ou mais 2,5 mil milhões de euros.
Segundo o jornal espanhol Cinco Dias, as contas da Pontegadea Inversiones têm em conta todas as empresas que pertencem à mesma “unidade de decisão” e incluem 100% da Inditex, embora Amancio Ortega detenha 59%.
Segundo o relatório, a Pontegadea é a empresa com maior património de um grupo de sociedades sujeitas à mesma unidade de decisão”. Ela controla, entre outros, 50,01% da Inditex e a maior parte dos negócios imobiliários de Ortega por meio de várias subsidiárias.
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A Pontegadea Inversiones é integrada por duas outras empresas e respetivas subsidiárias: a Partler, com a qual controla outros 9% da gigante têxtil; e a Pontegadea GB, que desenvolve atividade imobiliária no Reino Unido.
As três empresas, a que se junta a Inditex, formam o que Pontegadea designa de “unidade de decisão”. Juntas somavam ativos de 75.669 milhões no final de 2020, meio ponto percentual a mais que no ano anterior, e passivos de 14.537 milhões, menos 12,5%.
A faturação agregada atingiu os 22.615 milhões, uma quebra de 28%, justificada pelo decréscimo de vendas do grupo Inditex devido à pandemia e ao encerramento das lojas nos períodos de confinamento. Esta performance impactou negativamente os lucros que, entre todas as empresas, caíram 60%, para 2.664 milhões.
A carteira imobiliária também sofreu uma desvalorização devido à crise sanitária e ao efeito cambial da libra e do dólar. Sob estes feitos, registou um decréscimo de 7,2%, para 14.075 milhões de euros.
Já este ano, o milionário espanhol decidiu investir forte no setor da energia. Comprou 5% da Enagás, outros 5% da Red Eléctrica Española e 12% da portuguesa Redes Energéticas Nacionais (REN).
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