
Os patrões estão disponíveis para debater alterações às leis do trabalho diretamente com as centrais sindicais.
Num debate na CNN Portugal, na quinta-feira de greve geral, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) mostrou abertura para falar com CGTP e UGT.
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Armindo Monteiro disse aos líderes da CGTP e UGT, Tiago Oliveira e Mário Mourão, respetivamente, que, se houvesse uma proposta conjunta a apresentar ao Governo, teria outra força.
“Seria uma pena” se o Governo avançasse com o pacote laboral sem acordo na Concertação Social, por isso, patrões e sindicatos devem tentar um consenso, sublinha.
“Respeitando os papéis que nós temos, de representantes dos trabalhadores e das empresas, encontrássemos uma solução e essa solução propuséssemos em conjunto ao Governo”, sugere o líder da CIP.
Armindo Monteiro está disponível para pedir a retirada do pacote laboral, “desde que a CGTP opte também por encontrar uma solução que não seja apenas ‘retire-se o pacote laboral e deixa-se ficar tudo como está’”.
“Se houver uma vontade de construção em conjunto, com CGTP e UGT, estamos disponíveis para construir um modelo, porque somos nós que precisamos de encontrar um modelo de relacionamento do trabalho.”
Na resposta, o secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, admite que é preciso rever a lei laboral, mas “na perspetiva da melhoria das condições de trabalho dos trabalhadores e mesmo do desenvolvimento do próprio país”.
“Se for para isso, contem com a CGTP”, declarou Tiago Oliveira.
A greve geral desta quinta-feira, a primeira em 12 anos a juntar as duas centrais sindicais, ficou marcada por um forte desacordo sobre a verdadeira dimensão da adesão.
O Governo classificou a paralisação como “inexpressiva” e garantiu que a maioria do país esteve a trabalhar normalmente.
Por contraste, a CGTP apontou para uma “adesão massiva”, estimando que mais de 3 milhões de trabalhadores participaram na greve desta quinta-feira.











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