
Aumento do poder de compra
O presidente do banco público anota que houve um aumento do poder de compra, com os ordenados nominais a subirem acima da inflação em 2024. “Menos taxas de juros, portanto, menos pressão de quem tem de comprar de casa. E alguma diminuição do IRS, designadamente, nos jovens”, são os fatores identificados pelo presidente do banco público.
“Isto dá mais algum poder de compra, e outra coisa que, para as pessoas, hoje em dia é muito importante: mais capacidade de endividamento”, analisa Paulo Macedo no sentido de um “paradoxo” de uma escassez de oferta de habitação, a par de, por outro lado, um crescimento “muito significativo” do crédito à habitação.
” A Caixa, no mês passado, concedeu sozinha 500 milhões de crédito de habitação num mês”, revelou perante uma plateia de gestores e empresários, a quem transmitiu ainda a ideia de uma melhoria da autonomia financeira das empresas. ” 2025 está a correr positivamente, mas com uma grande apreensão sobre o futuro. E, como sabemos, as expectativas são fundamentais”.
Uma era de incerteza
Numa apresentação sobre os “desafios de uma nova era”, o Presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo, defendeu que o dia da tomada de posse de Donald Trump marcou uma “nova era de incerteza” e uma “mudança radical da ordem mundial” onde ” não sabemos muito bem quem é aliado, ou quem é amigo, ou quem é parceiro”, com impacto nas contas públicas e nas opções políticas e orçamentais.
Paulo Macedo acredita que a guerra tarifária irá sempre deixar algum impacto. “Há um défice americano que vai ter que ser pago. As tarifas prejudicam o crescimento mundial e, em última instância, os consumidores”. Na aposta na defesa, o banqueiro considera que “vai existir uma redundância se, de facto, os nossos parceiros continuarem parceiros”, concluindo que a duplicação de esforços nesse setor pode revelar-se “uma péssima alocação de recursos”. Conjugando ambos os fatores, Paulo Macedo aguarda um crescimento mundial mais lento.
Numa realidade acelerada -“90% de todos os dados foram gerados nos últimos dois anos” – o presidente da CGD assinala que houve um pico de incerteza ainda antes de possíveis ataques a instalações nucleares iranianas.
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