//Paulo Macedo sinaliza importância de preparar medidas de apoio para fim de moratórias

Paulo Macedo sinaliza importância de preparar medidas de apoio para fim de moratórias

O presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, sinalizou esta segunda-feira a importância de serem preparadas medidas de apoio para o fim das moratórias de crédito, sobretudo para os setores mais afetados.

“Eu penso que o essencial é que medidas de apoio vamos ter para o fim das moratórias em termos dos setores mais afetados”, disse o responsável hoje durante um debate promovido pela CIP – Confederação Empresarial de Portugal sobre igualdade de género nas empresas.

“Há setores que, de facto, não têm receitas e, portanto, a chave aqui vai ser que apoio se vai dar à saída das moratórias para essas empresas e portanto aqui como eu tenho dito não é a banca que precisa de apoio, quem precisa de apoio são as empresas”, acrescentou.

Para Paulo Macedo, as moratórias vão ser um desafio grande para as empresas que não têm “cash-flow” (movimentos de dinheiro associados a uma empresa ou projeto, separados entre entradas e as saídas de liquidez), “vão ter efeitos muito assimétricos, há setores que estão a resistir bem, como a construção e a distribuição alimentar, mas há setores que de facto não tem receitas”.

“Se as empresas não forem insolventes e conseguirem cumprir os seus compromissos, de certeza que será positivo [o fim das moratórias] e não haverá destruição do tecido”, acrescentou.

Em fevereiro, o governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, afirmou que as moratórias, bem como as medidas relacionadas com a pandemia, deverão ser adaptadas em função dos diferentes momentos da crise da covid-19.