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O eurodeputado Paulo Rangel defende que, apesar da autorização da Comissão Europeia para Portugal aplicar 13 mil milhões de euros no apoio a empresas, continua a ser urgente a discussão sobre os “coronabonds”.
Em entrevista à Renascença, o social-democrata lembra que parte destes 13 mil milhões de euros “é proveniente de fundos que Portugal tinha direito a utilizar, mas também poderá ser dinheiro que o país pode vir a canalizar por outras vias”. Assim, “a partir de agora, o Estado tem uma espécie de carta branca para, empresa a empresa, poder ou dar empréstimos, ou injetar capital para poder responder a este período difícil”.
Paulo Rangel conclui que esta “é uma excelente notícia”, que no entanto, “já era esperada” e que “não substitui as boas notícias que nós necessitamos sob o ponto de vista do financiamento de um plano de recuperação económica”. Daí, estes apoios, não “dispensarem a discussão sobre os coronabonds”.
O eurodeputado do PSD lamenta as declarações do presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, que este sábado, em entrevista a vários jornais europeus, defendeu o adiamento do debate sobre os “coronabonds” para depois da crise e a concentração nas medidas em que haja consenso.
Paulo Rangel diz que “Centeno não é, afinal, a favor dos “coronabonds” e isto mostra que não basta o primeiro-ministro ter voz grossa”, no “bater a pé à Holanda”, uma vez que é o ministro português e o “presidente do Eurogrupo a baixar as expectativas”. “Ele já desistiu”, conclui.
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