//PCP quer renacionalização do Novo Banco no OE2021

PCP quer renacionalização do Novo Banco no OE2021

O PCP vai insistir na renacionalização do Novo Banco no Orçamento do Estado de 2021 e considera que a votação de uma resolução nesse sentido, sexta-feira, no parlamento, é “um momento para clarificar” as posições do PS.

Amanhã, quinta-feira, é discutido um projeto de resolução dos comunistas a recomendar ao Governo a “reversão da alienação do Novo Banco, a sua transferência para a esfera pública” e esse é “um momento importante para clarificar a decisão definitiva” para o banco, afirmou o líder parlamentar do PCP, João Oliveira, numa conferência de imprensa para apresentar iniciativas legislativas.

E o debate do Orçamento, em outubro, é outro momento em que a bancada comunista promete “continuar a intervir” para a proposta de reversão “seja considerado”, acrescentou.

PS avança com proposta de comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco

João Oliveira recordou que os comunistas sempre se opuseram às soluções encontradas para o NB, incluindo “a privatização” decidida pelo anterior Governo do PS, liderado por António Costa.

Essa opção, sublinhou, “significou mais encargos para o erário público, sem que o Estado possa dizer o quer que seja relativamente ao destino do banco e sobre o que poderia ser, como instrumento de dinamização da atividade económica”.

Na quinta-feira está agendada discussão de um projeto de resolução, que é votado no dia seguinte, que “recomenda ao Governo a reversão da alienação do Novo Banco, a sua transferência para a esfera pública e o apoio especializado às micro, pequenas e médias empresas”.

Os projetos de resolução não têm força de lei, funcionamento como uma posição política dos partidos e do parlamento, na maioria das vezes com recomendações ao executivo, como é este caso.

Novo Banco, OE e plano de recuperação. O frenético arranque de sessão no Parlamento

Entre as iniciativas propostas pelo PCP, está uma que prevê uma remuneração a 100% para os trabalhadores da função pública que “pertencem a grupos de risco com declaração médica que justifica a ausência ao trabalho”.

Este é uma medida que, a ser aprovada, incluiria os professores, dado que o Governo não prevê esta possibilidade.

Outros projetos propõem o alargamento do acesso ao subsídio de desemprego e melhoria do seus montantes, a criação de “um suplemento remuneratório a todos os trabalhadores de serviços essenciais e permanentes”, a contratação de mais funcionários para as escolas e passagem ao quadro do pessoal médico contratado para fazer face à pandemia de covid-19.

São, segundo João Oliveira, “respostas imediatas” aos problemas que afetam “os trabalhadores e o povo” pela crise causada pelo pandemia.

Ver fonte

TAGS: