Partilhareste artigo
O governo deve tomar medidas para dar mais rendimento aos trabalhadores, e uma das que podia tomar agora era isentar os aumentos salariais em 2023 de IRS. Quem o defende é Pedro Mota Soares, dirigente do CDS-PP e ex-ministro da Segurança Social de Passos Coelho. “Para alcançarmos uma política de rendimentos que ao mesmo tempo não aumente a pressão sobre a inflação, Portugal devia, como outros países estão neste momento a fazer – caso alemão, caso francês -, avançar com uma medida em que os aumentos salariais, na parte do aumento salarial e ainda que transitoriamente, estejam dispensados do pagamento de IRS”, disse em entrevista ao programa Conversa Capital do Negócios e Antena 1.
Para Pedro Mota Soares, a medida podia ser decidida no âmbito do acordo de rendimentos que o governo quer negociar com os parceiros sociais até ao final do ano. “Acho que era muito importante haver um acordo sobre rendimentos e inflação à mesa da concertação social, o momento para o fazer é agora, acho que o governo devia dar esse passo, dizendo que todas as matérias que tenham a ver com aumentos salariais ao longo de 2023 estarão isentas de IRS”, afirmou.
Dar mais rendimento aos trabalhadores permitirá também, segundo o dirigente centrista, mitigar os aumentos salariais – “não ter aumentos salariais se calhar ao nível da inflação” -e deve incluir também os funcionários públicos.
“Num momento excecional as medidas também têm de ser excecionais”, defende Mota Soares.
Deixe um comentário