A anunciada perda de 100 postos de trabalho no Algarve é o “principal impacto” do fecho da base da base da Ryanair em Faro para a região, considerou hoje o presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL).
Em declarações à Lusa, Jorge Botelho notou que a base da companhia aérea ‘low cost’ no Algarve permitia ter pessoas em permanência na região e lamentou a perda desses postos de trabalho, considerando que “não é positivo perder um só posto de trabalho na região”.
O presidente da associação que reúne os 16 municípios algarvios sublinhou que, caso o encerramento da base venha a concretizar-se, vai ser preciso “trabalhar muito” para manter as rotas e os voos diretos daquela companhia aérea, tanto em época alta, como em época baixa.
“A base era importante manter, mas mais importante é manter as ligações diretas com a Europa, que é o que abastece um fluxo regular de turistas para o Algarve”, frisou, notando que a região “está numa ponta da Europa” e é preciso continuar a garantir esse fluxo de passageiros.
Também o presidente da Câmara de Faro, Rogério Bacalhau, se mostrou “preocupado” e “apreensivo” com o facto de 100 famílias virem a ficar com rendimentos reduzidos, ainda mais em janeiro, mês que coincide com a época baixa do turismo e quando é mais difícil conseguir emprego no setor.
Por outro lado, notou, o facto de a companhia ‘low cost’ deixar de ter uma base fixa na capital algarvia pode significar que, no futuro, a operação “possa vir a ser deslocada para outro lado”.
“Neste momento, há contratos válidos para a operação e não é fácil quebrá-los de um dia para o outro, mas no futuro não se sabe”, referiu, considerando que o turismo do Algarve e o Governo devem, agora, acompanhar de perto a situação.
Na terça-feira, a Ryanair comunicou, em Faro, que vai encerrar a base naquele aeroporto em janeiro de 2020 e despedir cerca de 100 trabalhadores, embora mantenha os voos, revelou à Lusa a presidente do sindicato dos tripulantes.
Na segunda-feira, Michael O’Leary informou que o lucro da transportadora aérea caiu 21% no primeiro semestre do exercício fiscal, para 243 milhões de euros, face a idêntico período do ano fiscal anterior.
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