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A dívida externa líquida portuguesa situou-se nos 176 300 milhões de euros no final do primeiro semestre, representando 84,4% do Produto Interno Bruto (PIB), menos 2,7 pontos percentuais que no final de 2020, anunciou hoje o BdP.
Resultante da posição de investimento de capital (PII) do país, excluindo os instrumentos de capital, ouro em barra e derivados financeiros, a dívida externa líquida passou de 87,1% do PIB no final de 2020 para 84,4% em junho de 2021, refere o Banco de Portugal (BdP).
Segundo os dados do banco central, no final de 2020 a PII de Portugal situou-se em -207 900 milhões de euros, o que traduz uma redução da posição negativa em aproximadamente 4.900 milhões de euros em relação ao final de 2020.
“Esta variação da PII resultou sobretudo do contributo positivo das variações de preço (3600 milhões de euros) e das variações cambiais (1300 milhões de euros)”, explica o BdP.
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Segundo o banco central, nas variações de preço “destacou-se, na componente de passivos, a desvalorização dos títulos de dívida pública portuguesa detidos por não residentes e, na componente de ativos, a valorização de títulos de capital na posse de entidades residentes com relação de grupo”.
Já as variações cambiais “justificaram-se, essencialmente, pela apreciação do dólar americano, do metical de Moçambique e da libra esterlina com impacto no aumento do valor em euros dos ativos externos expressos nestas divisas detidos por residentes”.
Em percentagem do PIB, registou-se uma redução da posição negativa da PII em 5,6 pontos percentuais, passando de -105,1% em 2020 para -99,5% no final de junho de 2021.
A próxima atualização destes indicadores será feita pelo BdP em 19 de setembro.
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