//Peso da dívida pública no PIB recua para 114,7% em 2022

Peso da dívida pública no PIB recua para 114,7% em 2022

O peso da dívida pública no Produto Interno Bruto (PIB) recuou em 2022 para 114,7%, o valor mais baixo desde 2011, segundo dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP) esta quarta-feira.

De acordo com o banco central, “a dívida pública totalizava 114,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, o que representa uma redução de 10,9 pontos percentuais relativamente ao final do ano anterior” (125,5%).

Contudo, em valor, face ao final de 2021 a dívida pública na ótica de Maastricht (a que conta para Bruxelas) aumentou 3.300 milhões de euros, para 272.592 mil milhões de euros, tendo esta subida resultado, “em grande medida, das emissões líquidas positivas de certificados de aforro (7.200 milhões de euros), de obrigações e bilhetes do Tesouro (1.000 milhões de euros) e de outros depósitos junto do Tesouro (600 milhões de euros)”.

Em sentido contrário, destacaram-se as amortizações de obrigações do Tesouro de rendimento variável (-3.500 milhões de euros) e a redução de certificados do Tesouro (-2.600 milhões de euros).

Quanto aos ativos em depósitos das administrações públicas, reduziram-se 1.600 milhões de euros. Deduzida desses depósitos, a dívida pública aumentou 4.900 milhões de euros, para 258.700 milhões de euros.

Em dezembro de 2022 face ao mês anterior, a dívida pública diminuiu 700 milhões de euros.

Segundo o BdP, “esta diminuição refletiu as amortizações líquidas de títulos de dívida (-2.800 milhões de euros)” e, em sentido contrário, um aumento das responsabilidades em depósitos (1.800 milhões de euros), designadamente devido às emissões de certificados de aforro (1.900 milhões de euros).

O peso de 114,7% da dívida pública no PIB registado em dezembro de 2022 é o mais baixo desde o final de 2011, altura em que este indicador se situou nos 114,4%.

Segundo os dados do BdP, no final do primeiro trimestre de 2022 o peso do endividamento público na economia era de 124,7%, tendo recuado para os 123,4% em junho e para os 120,1% no final do terceiro trimestre, para no final do ano tornar a descer, para os 114,7% agora conhecidos.

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