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A petrolífera saudita Aramco anunciou este domingo um lucro líquido recorde de 48,4 mil milhões de dólares no segundo trimestre deste ano, impulsionado pela subida dos preços do petróleo após a guerra na Ucrânia e pela elevada procura pós-pandemia.
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O lucro líquido da empresa aumentou 90%, permitindo que o maior produtor mundial de petróleo registe o segundo recorde trimestral consecutivo após um lucro líquido de 39,5 mil milhões de dólares de janeiro a março.
“Embora a volatilidade do mercado global e a incerteza económica permaneçam, os eventos no primeiro semestre deste ano confirmam a nossa visão de que o investimento contínuo no setor é essencial, tanto para garantir que os mercados permaneçam bem abastecidos como para facilitar uma transição energética ordenada”, disse o CEO da Aramco, Amin Nasser, citado pela Agência France-Presse (AFP).
Nasser acrescentou ainda esperar que a procura de petróleo “continue a subir o resto da década, apesar das pressões económicas decrescentes nas previsões globais de curto prazo”.
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De abril a junho o lucro líquido da Aramco subiu 22,7% em relação ao primeiro trimestre, evidenciando “um mercado forte”, disse a empresa com sede na Arábia Saudita em comunicado. O lucro líquido no primeiro semestre atingiu 87,91 mil milhões de dólares, face aos 47,18 mil milhões registados no mesmo período de 2021.
A Aramco pagou dividendo de 18,8 mil milhões de dólares no segundo trimestre do ano e pagará o mesmo valor no terceiro trimestre.
O lucro alcançado no segundo trimestre do ano é o maior desde a cotação da empresa em bolsa, no final de 2019, e superou as previsões dos analistas, que eram de lucros na ordem dos 46,2 mil milhões de dólares.
A Aramco lançou 1,7% das suas ações na Bolsa de Valores da Arábia Saudita em dezembro de 2019, ascendendo a 29,4 mil milhões de dólares, a maior introdução em bolsa da história.
A empresa, a mais forte e principal fonte de receita do estado saudita, suplantou temporariamente a Apple como a empresa mais valiosa do mundo em março, antes de cair para o segundo lugar.
Aproveitando a alta dos preços do petróleo, a Arábia Saudita deverá ver o seu Produto Interno Bruto (PIB) crescer 7,6% em 2022, segundo estimativas divulgadas em abril pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
O reino saudita tem procurado abrir e diversificar a sua economia, particularmente desde a nomeação de Mohammed bin Salman como príncipe herdeiro e governante em 2017.
No início de agosto, a Agência Internacional de Energia anunciou que a procura global por petróleo aumentaria este ano mais do que o previsto, uma vez que as ondas de calor e o aumento dos preços do gás levam os países a trocar os combustíveis pela produção de petróleo.
Os preços do petróleo caíram 30 dólares por barril em relação ao pico observado em junho, devido ao aumento da oferta, mas permanecem perto dos 100 dólares por barril.
Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) aumentaram gradualmente a sua produção, enquanto os líderes ocidentais (como o presidente americano, Joe Biden e o primeiro-ministro britânico Boris Johnson) os exortam a produzir ainda mais.
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