A economia do Japão contraiu 6,3% no último trimestre de 2019, comparando com o mesmo período de 2018, após as autoridades nipónicas terem aumentado os impostos sobre o consumo. Este valor está acima das estimativas dos analistas, que previam uma queda do produto interno bruto (PIB) na ordem dos 3,7%, valor idêntico ao registado após a subida destes impostos realizada em 2014, de acordo com o Financial Times.
O consumo caiu 11% em termos homólogos e foi a principal causa da queda da produção no Japão. O investimento das empresas registou uma queda de 14% quando comparado com os últimos três meses de 2018. A queda do PIB sugere que as medidas de estímulo implementadas para amortecer os efeitos da subida da carga fiscal não surtiram o efeito pretendido.
A contração da economia japonesa nos últimos três meses do ano passado estão a fazer crescer os receios de um abrandamento mais profundo de uma das maiores economias do mundo, o que coloca pressão sobre o governo de Tóquio e sobre o Banco do Japão para darem uma resposta.
“A queda acentuada da produção no quarto trimestre significa que as vendas a partir de outubro [que já tinha o efeito da] subida dos impostos afetou mais fortemente a economia do que muitos antecipavam”, disse Marcel Thieliant, economista que acompanha o Japão da Capital Economics, em Singapura, citado pelo FT.
A bolsa de Tóquio fechou hoje em terreno negativo. O índice Nikkei concluiu a sessão a recuar 0,69% para 23.523,24 pontos e o Topix, perdeu 0,89% para 1.687,77 pontos.
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