Maior fundo de investimento do mundo considera que o plano de recuperação europeu anunciado pela Comissão Europeia não melhora a situação dos países com dívidas mais elevadas.
Os ganhos com o novo fundo de recuperação europeu deverão ser marginais para os países da União Europeia com dívidas elevadas, como é o caso de Portugal, considera o analista da Pimco responsável pela área das dívidas soberanas na Europa.
“Não muda o jogo uma vez que o alívio da dívida será marginal. E a incerteza quanto à sua ratificação política [da proposta da Comissão Europeia] continua significativa”, afirmou Nicola Mai, à agência Reuters.
O mesmo responsável diz, no entanto, que “foi um passo na direção certa, que pode permitir aos países periféricos injetarem mais estímulos nas suas economias a partir de 2021”.
Fundamental continua a ser a ação do Banco Central Europeu, considera Nicola Mai, que espera que a instituição liderada por Christine Lagarde aumente a compra de obrigações na próxima semana, para cerca de 500 mil milhões de euros.
O fundo de recuperação europeu, apresentado ontem pela Comissão Europeia (apelidado de Next Generation EU) contempla a distribuição de 750 mil milhões de euros pelos 27 Estados-membros, 500 mil milhões dos quais a fundo perdido, a partir de 2021. Portugal poderá beneficiar de 15 mil milhões em subvenções e de cerca de 11 mil milhões em empréstimos.
O plano proposto por Ursula von der Leyen precisa agora de ser aprovado pelo Conselho Europeu.
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