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Portugal já captou 500 milhões de euros no Horizonte Europa em apenas dois anos, o que compara com os quatro que foram necessários, no anterior programa-quadro de financiamento europeu à I&D, o Horizonte 2020, para que as entidades nacionais atingissem este valor. No mesmo período, as pequenas e médias empresas conseguiram mais do que duplicar o financiamento deste programa aos seus projetos, num total de 78 milhões de euros.
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Estes são dados divulgados pela Agência Nacional de Inovação (ANI), e que mostram que, nos primeiros dois anos do Horizonte Europa, houve 7.662 participações de entidades portuguesas em 4.797 candidaturas, o que corresponde a 10% do total de candidaturas submetidas ao programa-quadro por todos os países elegíveis para este financiamento europeu.
Sem surpresa, a maior parcela dos 500 milhões já assegurados cabe aos centros de investigação, que garantiram já 180 milhões de euros de financiamento, contra os 116 milhões captados nos primeiros dois anos do anterior programa-quadro. As instituições de ensino superior têm uma fatia de 138 milhões (mais 68,3% do que no mesmo período no Horizonte 2020) e as empresas asseguraram 125 milhões de euros de financiamento (mais 82%).
Destes, 78 milhões de euros são apoios a projetos de Pequenas e Médias Empresas, o que representa um crescimento de quase 111% comparativamente aos 37 milhões que haviam assegurado em igual período no anterior programa.
Os restantes 57 milhões de euros são de financiamentos a outras entidades, como câmaras municipais e organizações não governamentais, entre outras.
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Em termos regionais, Lisboa continua a ser a que tem maior volume de financiamento captado (mais 26,3% que no Horizonte 2020), ainda que de forma mais moderada no atual programa-quadro, passando de uma representatividade de 54% do valor total no H2020 para 40% no Horizonte Europa. Sâo 197 milhões de euros contra os 156 milhões anteriores.
Já a região Norte “aumentou substancialmente” a participação, passando de 23% para 34% do financiamento, que aumentou 145,6% face aos primeiros dois anos do anterior programa, num total de 167 milhões de euros que comparam com os 68 milhões do anterior programa.
No Centro, e apesar do decréscimo de 1% da participação, houve uma quase duplicação de financiamento para 78 milhões. Também o aumento relativo de participação é expressivo no Algarve e no Alentejo que passaram de 2% para 4%, registando financiamentos de 18 e 19 milhões de euros, respetivamente. A Madeira e os Açores têm cinco milhões de apoios garantidos nestes dois primeiros anos do programa Horizonte Europa.
“Comparando os dois primeiros anos dos dois programas-quadro, é evidente uma alteração no perfil das entidades que participam. Se, por um lado, as instituições de ensino superior mantêm a eficiência na captação de financiamento, o montante atribuído ao setor empresarial quase duplicou”, destaca, em comunicado, o presidente da Agência Nacional de Inovação, uma das agências da rede PERIN, que reúne as várias entidades que, em Portugal, são responsáveis por promover a participação nacional nas atividades de investigação e inovação do Horizonte Europa.
“Esta participação traz visibilidade e prestígio às entidades envolvidas tendo ainda o potencial de abrir novas oportunidades de negócio em geografias diferentes. Permite também o alinhamento com estratégias e políticas europeias e contribuir para o desenvolvimento de nova regulamentação em setores estratégicos para a Europa”, acrescenta António Grilo.
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