A agência que gere a dívida pública (IGCP) colocou 1492 milhões de euros de obrigações do tesouro (OT)a longo prazo esta manhã. A cinco anos foram colocados 750 milhões de euros a uma taxa de 0,258%, tendo a procura superado a oferta em 2,23 vezes. E a dez anos foram vendidas OT no valor de 742 milhões de euros, a uma taxa de 0,852%, com a procura a superar a oferta em 1,94 vezes.
Portugal pagou juros mais baixos do que em leilões anteriores comparáveis. No dia 22 de abril tinham sido colocados 418 milhões de euros a uma taxa 0,843% (contra 0,258% de hoje), a seis anos.
Também a 22 de abril foram emitidos, a dez anos, 598 milhões de euros, a uma taxa de juro de 1,194% (contra 0,852% de hoje).
Esta redução do custo de colocação de dívida por parte de Portugal reflete as medidas anunciadas recentemente pelo Banco Central Europeu (BCE). “A descida do risco nos países da zona euro, bem como em Portugal, está associada ao suporte que o BCE tem vindo dar aos mesmos. Christine Lagarde, alertou que a zona euro está a enfrentar uma forte contração económica, a uma velocidade e magnitude sem precedentes, e que o programa recentemente lançado de 750 biliões, poderá aumentar o seu tamanho e prazo. A evolução do risco em Portugal estará muito dependente da atuação do BCE, que nesta fase de pandemia tudo fará para preservar a União Europeia”, explica Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa.
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