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A despesa total em atividades de investigação e desenvolvimento (I&D) atingiu um novo máximo histórico de 3.203 milhões de euros em 2020, representando 1,6% do PIB, mais 211 milhões de euros face ao ano anterior, anunciou o Governo.
Em comunicado, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior explicou que os dados demonstram um aumento pelo quinto ano consecutivo, num total acumulado de 969 milhões de euros em relação a 2015, quando era de 2.234 milhões de euros.
“O aumento é particularmente expressivo nas empresas, crescendo 15% em 2020 [241 milhões de euros] e 75% desde 2015 [quando era 1.037 milhões de euros]. Atinge agora 0,89% do PIB, num total de 1.811 milhões de euros em 2020”, lê-se no comunicado.
De acordo com a tutela, a despesa em ciência das empresas representa agora 57% da despesa total em I&D, quando era 46% em 2015 e cerca de 44% em 2009, superando a despesa pública pelo quarto ano consecutivo.
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Também, lembra, mais de 4.300 empresas registaram atividade de I&D, representando mais 541 empresas do que em 2019, num aumento de 14%.
“Os dados reforçam a tendência de crescimento verificada desde 2016, confirmando o processo de convergência com a Europa. O valor da despesa total em I&D corresponde a um aumento de 7% face a 2019 e de 43% desde 2015, quando representava cerca 1,2% do PIB”, explana o ministério tutelado por Manuel Heitor.
No comunicado, é explicado ainda que a despesa em I&D no ensino superior desce em cerca de 4% face a 2019 (cerca de 45 milhões de euros), devido ao impacto da pandemia da covid-19 e à diminuição das atividades presenciais nas instituições universitárias e, consequentemente, a redução de despesas de funcionamento, incluindo deslocações.
Por seu turno, a tutela observa o aumento da despesa em I&D por empresa e instituições privadas, refletindo o crescimento do emprego qualificado e o esforço do setor privado em acompanhar o desenvolvimento científico e a capacidade tecnológica instalada no país.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior refere ainda que o número de investigadores aumenta para 10,2% em cada mil ativos (era 7,4% em 2015 e 9,6% em 2019), crescendo 5% em 2020 (mais 2.369 em equivalente a tempo integral) e 36% desde 2015 (mais 13.863 em equivalente a tempo integral).
“Foram registados 52.535 investigadores em equivalente a tempo integral (ETI), mais cerca de 2.369 do que em 2019 (i.e., crescimento global de 5%), mostrando um crescimento de 13.863 investigadores ETI desde 2015, ou seja, um aumento de 36% nos últimos 5 anos. O Ensino Superior inclui 28.732 investigadores em ETI (eram 25.043 em 2015), representando cerca de 55% do total, enquanto as empresas incluem 21.389 investigadores em ETI (eram 11.785 em 2015), representando agora 41% do total”, enumera.
Nas empresas, o número de investigadores aumenta em 2.169 em equivalente a tempo integral, representado um aumento de 11% em 2020 e de 81% desde 2015 (quando eram 11.785 em equivalente a tempo integral).
Já o número de investigadores no Estado continua a representar cerca de 3% do total, com 1.601 em equivalente a tempo integral, no ano passado, apenas mais 250 em equivalente a tempo integral do que em 2015, incluindo sobretudo os laboratórios estatais.
“O total de recursos humanos em atividades de I&D (i.e., total de investigadores, técnicos e outros profissionais) atinge 12,7 pessoas (ETI) por cada mil habitantes ativos, atingindo 65.356 ETIs em 2020 (enquanto eram 47.999 ETIs em 2015). O total de recursos humanos em atividades de I&D nas Empresas também aumenta, totalizando 30.206 ETI em 2020, ou seja, mais de 3.400 do que em 2019 (crescimento de 13%)”, é acrescentado.
Publicados pela Direção Geral de Estatísticas de Educação e Ciência (DGEEC), com base nas metodologias do EUROSTAT e da OCDE, os valores são revelados pelos dados provisórios do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional (IPCTN) referente a 2020.
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