Portugal foi aos mercados de dívida buscar 1,25 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro a dez e a 15 anos. Os juros renovaram mínimos apesar da crise política que se gerou devido ao tempo de serviços dos professores.
No prazo a dez anos, o juro foi de 1,059% e no prazo mais longo o juro foi de 1,563%. No mês passado, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) tinha conseguido uma taxa de 1,143% a dez anos e de 1,896% em dívida a 17 anos.
O Tesouro emitiu 800 milhões no prazo a dez anos e 450 milhões em títulos com vencimento em 2034. Filipe Silva, diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa, afirma numa nota enviada às redações que “apesar de termos tido algum ruído político nos últimos dias, tal não veio afetar o risco do país”.
Antes da emissão de dívida, os analistas do Commerzbank notavam, numa nota a investidores, que a disputa em relação ao salário dos professores não causou problemas nas taxas da dívida portuguesa já que “sublinhou a determinação do primeiro-ministro, que ainda lidera as sondagens, de continuar com o prudente rumo orçamental”.
Com o financiamento desta quarta-feira, o IGCP já emitiu 8,85 mil milhões em Obrigações do Tesouro desde o início do ano. É mais de metade dos 15,8 mil milhões de euros planeados para o total do ano nestes instrumentos que são a principal fonte de financiamento do Estado. Geralmente, as agências de gestão de dívida tendem a acelerar a execução do plano de financiamento no primeiro semestre do ano.
As taxas que o Tesouro tem conseguido este ano têm sido as mais baixas de sempre. Filipe Silva realça que “emitir dívida de longo prazo e com este custo é muito positivo para o país e continuará a permitir ir reduzindo o custo do serviço de dívida”.
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