
Portugal lidera, não só no preço das casas, como na procura: é o segundo com maior índice de compra, apenas atrás do Chipre, e à frente de Espanha e Itália. No entanto, 45% dos jovens continuam a viver com os pais e Portugal foi um dos países onde a capacidade de empréstimo caiu com a subida das taxas de juro, a par de países como França, Eslováquia ou Luxemburgo.
Entre os países para os quais há números, Portugal é ainda dos que menos investe em habitação pública (apenas 0,02% do seu PIB) e o segundo país com menor percentagem de habitação pública (apenas 1,1% das casas em 2022, menos que os 2% de habitação pública em 2010).
Em termos de dias que levam a completar todos os procedimentos de construção, Portugal nem tem dos processos mais morosos: 160 dias – cerca de cinco meses e meio -, ligeiramente abaixo dos seis meses que são a média na União Europeia. Os países com procedimentos mais céleres são Dinamarca e Finlândia, na casa dos dois meses, e o mais prolongado é o Chipre, com um tempo médio de mais de 500 dias.
O relatório aponta ainda que a “oferta limitada está na origem do forte aumento dos preços das casas” e que, na última década, “a construção de novas habitações não acompanhou o crescimento da procura, e o número de novas construções manteve-se em níveis historicamente baixos”.
A investigação reforça a necessidade do acesso à habitação a preços acessíveis, referindo que um aumento da oferta “tende a reduzir” os preços e que existem políticas que “limitam a oferta e fazem subir os preços”.
O estudo indica ainda que medidas como deduções fiscais, isenções ou subsídios ao pagamento de hipotecas, que facilitam o acesso à habitação a curto prazo, “aumentam a procura e alimentam o crescimento dos preços ao longo do tempo”.
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