//Portugal tentará concluir ratificação do acordo com Mercosul

Portugal tentará concluir ratificação do acordo com Mercosul

“O comércio e os acordos comerciais são, neste momento, a melhor forma de melhorar as relações entre a Europa e a América Latina”, começou por dizer o chefe da diplomacia portuguesa, que falava numa (vídeo)conferência com correspondentes estrangeiros para apresentar as prioridades de Portugal durante a presidência rotativa do Conselho da União Europeia (UE), que assumiu em 01 de janeiro.

Nesse sentido, o ministro garantiu que “é uma responsabilidade da presidência rotativa tentar concluir o processo” de ratificação do acordo com o Mercosul.

O acordo comercial, alcançado em junho de 2019 entre a UE e os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), após duas décadas de negociações, deverá entrar em vigor ainda este ano, cabendo agora aos países europeus ratificá-lo.

Porém, têm surgido várias críticas de Estados-membros da UE – nomeadamente França, Áustria, Países Baixos e Bélgica -, membros do Parlamento Europeu e organizações da sociedade civil, principalmente direcionadas ao Brasil, pelo desrespeito pelos compromissos assumidos no Acordo de Paris de combate às alterações climáticas e por não se empenhar em combater a desflorestação da Amazónia.

“A nossa credibilidade está em jogo. Dissemos aos nossos amigos do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai que, após duas décadas de negociações, estamos prontos para chegar a um acordo”, reiterou o ministro do Estado e dos Negócios Estrangeiros.

O governante português acrescentou que tem falado com os seus “colegas do Mercosul”, que, por sua vez, já comunicaram a intenção de “esclarecer” as questões fundamentais, defendendo que o acordo “é um passo em frente” em questões ambientais.