A economia portuguesa voltou a crescer ligeiramente acima da média da zona euro. Os maiores países do euro perderam gás, arrastando essa média para baixo.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) estimou esta terça-feira que Portugal terá crescido 2,3% no segundo trimestre deste ano. Uma hora depois, o Eurostat revelou que a zona euro perdeu força, crescendo apenas 2,2% nos mesmos três meses. A área da moeda única tinha avançado 2,5% no início do ano.
Há vários trimestres que Portugal estava a crescer a um ritmo inferior ao da área da moeda única.
As estatísticas oficiais da União Europeia indicaram esta terça-feira (pdf) que a zona euro perdeu gás porque quase todas as economias entraram em desaceleração entre o primeiro e o segundo trimestre. Os maiores mercados, incluídos.
Em todo o caso, a expansão de 2,2% agora anunciada é um pouco melhor do que 2,1%, valor avançado preliminarmente a 31 de julho pelo mesmo Eurostat.
Portugal e Eslováquia, os únicos a acelerar
Ainda faltam apurar alguns países (sete dos 19 que compõem a zona euro), mas o Eurostat mostra, esta terça-feira, que os únicos que reforçaram (ainda que ligeiramente) o crescimento foram Portugal e Eslováquia.
Portugal passou de 2,1% no primeiro trimestre para 2,3% no segundo. A Eslováquia de 3,7% para 3,9%, respetivamente.
Determinante para a perda de força da economia do euro terá sido o aumento das incertezas relativamente ao futuro do comércio internacional, na sequência de sucessivas ameaças do governo dos Estados Unidos no sentido de barrar uma série de importações.
França estava a crescer 2,2% no primeiro trimestre e deslizou para 1,7% no segundo; Alemanha, que é a maior economia da zona euro, passou de 2% para 1,9%; Itália deslizou de 1,4% para 1,1%; Espanha abrandou de 3% para 2,7%, mostra o Eurostat.
Na zona euro, o país que mais cresceu (em termos homólogos) no período de abril a junho foi a Letónia (4,2%). O Eurostat ainda não avança com valores para a Irlanda, mas no primeiro trimestre estava a crescer uns impressionantes 10%. O registo mais fraco é o de Itália (1,1%).
Fora da zona euro, destaque para o crescimento de 5% da economia da Polónia. O registo mais modesto é o da Dinamarca (0,8%).
(atualizado às 11h05)
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