
As transferências imediatas foram o método de pagamento eletrónico que mais cresceu no último ano, o que coincide com a retirada das comissões. Disparou 46%, mas ainda só representa menos de 1% do total de pagamentos.
Segundo o Banco de Portugal, os pagamentos estão mais digitais. A utilização de meios de pagamento eletrónicos aumentou mais de 11% em quantidade e 6,6% em valor.
Os cartões continuam a ser o meio mais utilizado, representam 89,5% dos pagamentos, o que compara com 88,9% em 2023. No final de 2024, estavam ativos 30 milhões de cartões de pagamento, mais 10% do que no ano anterior.
Já os cheques continuam a perder peso, “ainda assim, em valor, corresponderam a 6,7% do total processado” .
Em média, cada habitante tem três cartões, faz mais de um pagamento por dia e usa um cheque por ano. Trocado por miúdos, fez 395,3 pagamentos com cartões, no valor de 19,6 mil euros, 22,8 com débitos diretos, 21 com transferências a crédito, 1,8 com transferências imediatas e 0,8 com cheques.
Ainda segundo o relatório dos sistemas de pagamentos, divulgado esta quinta-feira, “os instrumentos de pagamento eletrónicos foram utilizados em 99,8% dos pagamentos de retalho efetuados sem recurso a numerário”.
Os pagamentos com “contacless” também estão a aumentar, subiram 24% em quantidade e quase 27% em valor. No final do ano, 91% dos cartões e 93% dos terminais de pagamento automático já estavam preparados para estes pagamentos.
Na prática, o “contactless” foi utilizado em 1,4 mil milhões de operações, com um valor médio por transação de 25,4 euros. Mais de metade (56,7%) das compras com cartão foi feita com “contactless”, principalmente no comércio a retalho e na restauração.
No online, as compras com cartões nacionais cresceram 37,2% em número e 38,3% em valor. Já representam 18% da quantidade e 21,6% do montante agregado de compras efetuadas com cartões emitidos em Portugal. Fora do país, as compras online com cartões nacionais corresponderam a 55,7% do número e 59% do valor total.
Uma nota ainda para a fraude nos pagamentos eletrónicos. Segundo o supervisor, “em Portugal manteve-se muito reduzida, apesar de ter aumentado ligeiramente”. No primeiro semestre de 2024, os cartões registaram a maior taxa de fraude, com 129 operações fraudulentas por cada milhão de transações. Nas transferências a crédito, há registo de 16 fraudes por cada milhão de operações e, nos débitos diretos, 0,4 operações fraudulentas por cada milhão.
Nas transferências a crédito, o tipo de fraude mais frequente passou a ser a emissão de uma ordem de pagamento pelo infrator, em vez da manipulação do ordenante pelo infrator.
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