
Os dados oficiais confirmam que é no Algarve, em mês de férias, que há os maiores problemas de abastecimento de combustíveis em plena greve dos motoristas, que arrancou na segunda-feira e que se prolonga por tempo indeterminado. O distrito de Faro era, na manhã desta terça-feira, o que tinha menos stocks na rede de emergência de postos de combustível (REPA).
Os dados oficiais divulgados pela Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE) mostram que, nos 22 postos da rede REPA no distrito de Faro, apenas havia 20,6% da capacidade máxima de gasolina armazenada e 21,6% da de gasóleo. Em entrevista à SIC, na noite de segunda-feira, o ministro do Ambiente Matos Fernandes já tinha avançado números similares.
O distrito seguinte que regista uma menor percentagem de stock face à capacidade instalada é o de Beja (27,9% da gasolina e 21,2% do gasóleo), se bem que a rede tenha apenas metade (11) da dimensão da de Faro.
O distrito com mais postos REPA é Lisboa (51), cujo valor do stock de gasolina também aparece assinalado a amarelo pela ENSE: está em 32,8% da capacidade, enquanto que no toca ao gasóleo há 40,9% da capacidade instalada.
Bragança é exceção a norte
Os números confirmam que as maiores dificuldades se registam a sul, tal como o Governo afirmou na segunda-feira, em várias declarações públicas. Mereciam preocupação, na manhã desta terça-feira, os stocks de gasóleo em Santarém (28,5%), Setúbal (31,6%) e Portalegre (31,6%).
A exceção a norte é Bragança, onde há um desequilíbrio entre os stocks de gasolina (bastante baixo, com 29,7%) e gasóleo (59,9%, curiosamente o valor relativo mais alto da tabela da ENSE).
O segundo distrito com mais capacidade reportada (mais de três milhões de litros) e mais postos REPA (39) é o do Porto. A situação parecia estar aqui controlada, com stocks de 40,7% da capacidade de gasolina e 55,2% da de gasóleo.
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