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O presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed) disse hoje que o banco central pode continuar a “subir as taxas de juro se for necessário” e manter uma “política monetária restritiva” para controlar a inflação.
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“Estamos preparados para aumentar ainda mais as taxas de juro, se for necessário, e temos a intenção de manter a política monetária num nível restritivo até termos a certeza que a inflação está a diminuir de forma sustentável em direção ao nosso objetivo”, que é 2%, afirmou Powell no discurso de abertura da reunião de responsáveis de vários bancos centrais em Jackson Hole, nos Estados Unidos.
De acordo com o presidente da Fed, “para colocar a inflação de forma sustentável em 2%, é preciso um período de crescimento económico inferior ao da tendência atual e um abrandamento das condições no mercado de trabalho”.
Powell observou que a economia tem crescido mais rapidamente do que o esperado e que os consumidores continuaram a gastar também a um ritmo rápido, tendências que podem manter elevadas as pressões inflacionistas.
“Nas próximas reuniões avaliaremos os progressos em função do conjunto dos dados económicos e da evolução das perspetivas e riscos. Com base nessa avaliação, procederemos com cautela na hora de decidir se ajustamos ou não ainda mais a política monetária ou se mantemos a taxa”, disse.
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Nos últimos 18 meses, a Fed tem permanecido concentrada no objetivo de aumentar as taxas de juro rapidamente para conter a inflação e, desde março de 2022, a instituição aumentou 11 vezes as suas taxas de juro, fazendo-as passar de um nível próximo de zero para o intervalo entre 5,25% e 5,50%.
A taxa de inflação tem vindo a recuar gradualmente nos Estados Unidos depois de ter atingido um pico de 9% em junho de 2022. Segundo o índice PCE, que é o mais seguido pela Fed, a inflação em junho passado situou-se em 3%.
Este nível já se aproxima do objetivo de 2% definido pela Fed, no entanto, os analistas consideram que esta última etapa pode ser a mais difícil.
Notícia atualizada às 17.02 horas
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