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O Presidente da República considera que a desistência de trabalhadores qualificados admitidos pelo Estado é “sinal de que a sociedade mudou” e de que o Estado tem de se reajustar para competir com a atratividade das empresas.
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À margem de um encontro com portugueses residentes em Andorra, a propósito das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre a manchete de hoje do Público, que dá conta de que um quinto dos profissionais qualificados admitidos pelo Estado desistiu.
“É um sinal de que a sociedade mudou. Quando eu tinha a idade dos jovens o Estado era muito atrativo porque a sociedade civil era muito fraca”, respondeu o chefe de Estado português.
Na ótica do Presidente da República, depois do 25 de Abril de 1974 “não se via alternativas que fossem realmente atraentes” no tecido empresarial e no setor social, mas essa realidade contrasta com a de hoje.
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O Estado, considerou Marcelo Rebelo de Sousa, “tem de se reajustar e esse reajustamento tem de ser feito a um ritmo mais acelerado” para competir com as condições “muito mais atrativas” das empresas e do setor social.
“É uma situação que não havia há 40 anos, há 30 anos, que era diferente há 20 anos e agora está uma situação efetiva de atração de qualificados que recebem propostas que os levam a largar lugares importantes no Estado”, concluiu.
De acordo com o Público, dos 860 técnicos superiores admitidos pelo Estado no âmbito de um concurso lançado em 2019, um quinto desistiu e acabou por não assinar contrato. A idade média destes trabalhadores era de 35 anos.
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