//Preço das casas deve subir 9,5%, diz agência S&P

Preço das casas deve subir 9,5%, diz agência S&P

A Standard & Poor’s (S&P) diz que o preço das casas em Portugal vai aumentar, em média, 9,5% este ano. As imobiliárias defendem que em Lisboa e Porto os preços já atingiram o limite.

Num relatório para a Europa, publicado esta segunda-feira, a agência de rating avisa que a procura continua muito acima da oferta e a pressionar os preços em Portugal.

É a lei da oferta e da procura. Quando as casas disponíveis não chegam para todos os que precisam, o preço sobe. A Standard & Poor’s diz que estas dificuldades estão a ser sentidas por portugueses e estrangeiros.

Este ano as casas devem aumentar 9,5% no país, segundo a agência de notação, mas em Lisboa e Porto, as subidas deverão rondar os 20%.

Para a Associação Portuguesa de Mediação Imobiliária, os preços nestas cidades já chegaram ao limite.

“Os preços em Lisboa e Porto vão subir até ao céu. Estamos com um problema de oferta. Para continuar esta procura do mercado externos, temos que satisfazer a necessidade de habitação para os portugueses e, neste momento, não conseguimos isso. Acho que chegámos ao limite. No centro de Lisboa e Porto e nalgumas zonas do Algarve os preços estão muito elevados e isso tem a ver com a procura de investimento estrangeiro”, diz à Renascença o presidente da APEMI.

Luís Lima explica que compradores não faltam, o que falta são casas para vender. Ainda assim, critica a proposta do Bloco de Esquerda, partido que quer acabar com o IRS de 0% para os pensionistas estrangeiros.

“Acho completamente absurdo. Acho que toda a gente pensa que o país está melhor do que está. O petróleo e ouro do país é o turismo de imobiliário”, adverte o presidente da APEMI.

A Standard & Poor’s diz que o aumento do preço das casas até deverá abrandar ligeiramente, em comparação com o ano passado – menos um ponto percentual -, mas só porque é agora ainda mais difícil pedir um empréstimo e porque estes preços afastam potenciais compradores. As novas construções são apenas uma fração do que se observava antes da crise.

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