Partilhareste artigo
A partir de 1 de julho, os funcionários públicos vão pagar 4,90 euros por uma refeição nas cantinas do Estado, mais 0,80 euros face ao preço atual, de 4,10 euros, segundo uma portaria publicada esta segunda-feira em Diário da República. Para reformados e viúvos, o prato passa a custar 2,45 euros, uma subida de 0,40 euros em relação ao valor que hoje é cobrado, de 2,05 euros. Em ambos os casos, trata-se de um aumento de 19,5%.
Relacionados
“Considerando o ter decorrido uma década desde a referida atualização, aliado à considerável alteração de vários fatores com impacto ao nível daquela prestação, nomeadamente o aumento do preço das matérias-primas, a evolução significativa da retribuição mínima mensal garantida (RMMG) verificada nos últimos anos e a recente atualização da massa salarial dos trabalhadores em funções públicas, na qual se inclui a atualização do subsídio de refeição, justifica-se proceder à atualização do preço de venda das refeições a fornecer nos refeitórios dos serviços e organismos da Administração Pública”, lê-se no diploma, assinado pela secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires.
A atualização dos preços, que estavam congelados há mais de 10 anos, desde 2012, foi apresentada em fevereiro pela secretária de Estado, Inês Ramires, aos sindicatos representativos dos trabalhadores do Estado. Na altura, a proposta foi amplamente criticada por representar uma subida superior ao aumento do subsídio de refeição dos funcionários públicos, que, em janeiro, cresceu 0,43 euros ou 9%, de 4,77 para 5,20 euros por cada dia trabalhado.
Contudo, em março, o governo anunciou um novo incremento do subsídio de alimentação, de 0,80 euros para 6 euros, à boleia do aumento salarial adicional de 1% transversal a toda a Função Pública. A proposta acabaria por ser aprovada em abril e a subida do apoio começou a ser pago em maio, que, assim, acabou por cobrir o aumento do preço das refeições.
Ou seja, o aumento extra do subsídio de 0,80 euros soma-se aos 0,43 euros pagos desde janeiro, o que resulta num crescimento global de 1,23 euros por dia ou 25,8%, de 4,77 euros para 6 euros.
Subscrever newsletter
A portaria abrange apenas os refeitórios que existem nalguns serviços e organismos públicos e que são geridos diretamente pelos Serviços Sociais da Administração Pública (SSAP) ou por acordo de restauração. De fora, ficam as cantinas escolares.
Quando apresentou a proposta de atualização do preço das refeição, em fevereiro, a tutela deu conta que as cantinas dos serviços do Estado servem cerca de 635 mil refeições por ano.
Deixe um comentário