O preço do azeite poderá descer, mas só depois de outubro e de forma pouco significativa. A previsão é avançada à Renascença pela secretária-geral da Casa do Azeite, Mariana Matos.
A evolução do preço do produto está dependente da produção deste verão que, de acordo com a responsável, será melhor do que nos anos anteriores.
No dia em que arranca, em Madrid, o congresso mundial do azeite, Mariana Matos diz, à Renascença, que “nada indica que, nos próximos meses, haverá movimentos significativos nos preços, porque tudo vai depender de como é que se vai desenrolar a próxima campanha” de produção.
A secretária-geral da Casa do Azeite antecipa que a expetativa é a de “uma campanha mais normal, ao contrário das duas anteriores”. Uma vez que a colheita só se iniciará no final de Outubro, só nessa altura, “o preço poderá sofrer alguns ajustamentos, algumas quedas, mas que não serão muito bruscas”.
Para que a campanha de produção seja favorável, é necessário que “no início de Setembro” haja “algumas chuvas” e que sejam menores “os ataques de insetos”. “Hoje, no panorama que temos de alterações climáticas, torna-se muito difícil fazer previsões”, explica.
IVA Zero desejável, mas com poucos efeitos
Em Espanha, o Governo decidiu incluir o azeite na lista de produtos sem IVA até final de setembro. Por cá, a secretária-geral da Casa do Azeite defende que uma eventual aplicação do IVA zero “não teria um efeito tão significativo”, uma vez que o produto “já é taxado com um IVA mais baixo”.
Mariana Matos aponta que “tudo aquilo que ajude a baixar o preço é interessante para os consumidores e para baixar um pouco o impacto do aumento dos preços” que tem levado a “quebras de consumo significativas e que se estão a acentuar este ano, em relação ao ano passado”.
Entre os associados da Casa do Azeite a quebra nas vendas foi “de 11% em 2023”, sendo que, diz Mariana Matos, “a informação preliminar é que este ano se acentuaram essas quebras”.
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