Os combustíveis vão conhecer uma forte subida a partir de segunda-feira, com o gasóleo a ficar mais caro 5,5 cêntimos e a gasolina a custar mais três cêntimos, a maior subida em mais de dois anos.
Em reação às previsões conhecidas esta sexta-feira através do Automóvel Club de Portugal (ACP), a Associação de Revendedores de Combustíveis (ANAREC) pede ao Governo medidas que compensam o impacto do aumento do preço dos combustíveis, como a descida da taxa de carbono ou do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP).
À Renascença, a vice-presidente Mafalda Trigo explica que o aumento explica-se com as cotações internacionais.
“No entanto, este impacto poderia não ser tão significativo se o Governo conseguisse voltar a compensar este aumento com a mexida na taxa de carbono ou do ISP”, afirma.
Em comentário, o economista João Duque entende que o impacto do aumento no preço dos combustíveis não irá, para já, refletir-se noutros produtos, mas alerta para consequências a médio e longo prazo.
“A inflação está a tornar-se mais difícil de baixar em relação aos níveis que já estamos. Uma coisa são os preços dos combustíveis e um efeito adverso desta natureza terá impacto”, alerta à Renascença.
De acordo com a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) o preço médio do litro de gasóleo em Portugal custa atualmente 1,644 euros, enquanto o do litro da gasolina vale 1,751 euros.
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