Os preços das casas no centro histórico de Lisboa abrandaram significativamente. Entre janeiro e junho deste ano, a variação face ao semestre anterior foi de apenas 0,1%, revelam os números do Índice de Preços do Centro Histórico de Lisboa (IPCHL), elaborado pela Confidencial Imobiliário (CI) avançados pelo Público, esta quinta-feira.
No segundo semestre de 2017, os preços das casas já tinham arrefecido, com uma taxa de variação semestral a cair para menos de metade, em cerca de 8,5%, face aos 14,4% registados nos primeiros seis meses do ano.
O índice calculado pela CI “monitoriza a dinâmica de valorização de imobiliário residencial nas freguesias de Misericórdia, Santa Maria Maior e São Vicente, em Lisboa, e tem por base o valor das transações obrigatoriamente comunicadas às autarquias, que podem por lei exercer direito de preferência nas transações que ocorrem em Áreas de Reabilitação Urbana”, pode ler-se no mesmo jornal.
Para Francisco Bacelar, presidente da Associação dos Mediadores do Imobiliário de Portugal (Asmip), este abrandamento não se traduz na falta de procura no centro histórico ou na falta de imóveis para vender. “O que há é uma grande incerteza, uma enorme imprevisibilidade face a alterações legislativas que estão a decorrer e que tardam em ficar decididas”. O dirigente refere-se ao pacote da habitação e arrendamento, ainda a ser discutido no âmbito do Orçamento do Estado para 2019, e também às alterações nas regras do Alojamento Local.
“Só pagaram estes valores exagerados porque esperavam rentabilizá-los no alojamento local”, explica Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), referindo-se à acentuada valorização das casas até 2017.
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