O acordo entre Rússia e a Ucrânia para a exportação de cereais não deve fazer diferença nos preços finais dos produtos, avisa o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).
À Renascença, Eduardo de Oliveira e Sousa explica que o custo da matéria-prima é uma fatia pequena e que a maior “é o preço da energia”.
“Se não houver acompanhamento em baixa dos custos relacionados com a energia e outros fatores de produção e uma vez que as empresas têm trabalhado em prejuízo, não creio que isso se reflita na redução do preço dos produtos”, detalha.
Mesmo assim, o presidente da CAP valoriza o acordo alcançado entre as duas nações, pois trará “uma garantia de fornecimento e uma segurança de abastecimento” da matéria-prima.
E espera que, desta forma, se verifique “um desanuviamento da pressão do mercado”.
Eduardo de Oliveira e Sousa critica o Governo por não ter feito chegar ao setor da agricultura os apoios necessários e lembra que estas queixas ao Ministério da Agricultura não são novas.
“Em vez de estarmos à espera de decisões internacionais, temos de encontrar soluções cá dentro”, apela.
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