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O ministro da Educação disse hoje, em Torres Vedras, que está a trabalhar em medidas para resolver a falta de professores, como habitação com rendas acessíveis para professores deslocados e estágios remunerados para alunos do mestrado de ensino.
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“Vamos ter também um trabalho com a Caixa de Previdência, que também tem prédios disponíveis em Lisboa, e estamos a protocolar para os converter em arrendamento acessível para professores”, disse aos jornalistas João Costa, à margem da inauguração do Centro Escolar do Ramalhal, no concelho de Torres Vedras.
O governante adiantou que os ministérios da Educação e Habitação estão igualmente a trabalhar para “passar a disponibilizar cada vez mais oportunidades de alojamento a custos acessíveis”, admitindo que “os preços da habitação em Lisboa estão impossíveis seja para quem for”.
No ano letivo passado, a tutela lançou o primeiro concurso para atribuir apartamentos em Portimão e Lisboa, reconhecendo que “são ainda muito poucos” para as necessidades.
João Costa anunciou que o ministério vai “brevemente” colocar em consulta pública alterações ao modelo de formação de professores, fazendo regressar os estágios remunerados para os alunos do atual segundo ano do mestrado em ensino.
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Estão também previstas outras “modalidades de formação mais intensiva” para professores licenciados sem formação pedagógica.
“Não faz sentido fazê-los voltar ao início de um percurso, ao início da licenciatura, portanto, vamos também a agilizar modalidades de formação para poder acelerar estes percursos formativos”, justificou.
Segundo o governante, a falta de professores “é um problema localizado”, a sul do país, onde, “nas últimas décadas, a formação de professores, que se manteve no norte do país, foi muito desmantelada”.
“Estamos a trabalhar com o Ministério da Ciência e Tecnologia e Ensino Superior para dar capacidade às universidades para terem mais vagas nos mestrados em ensino, porque, ao contrário do que se tem dito, que é ninguém querer ser professor, nós estamos com uma procura muito grande dos mestrados em ensino e a as universidades com pouca capacidade de responderem à procura que têm”, explicou João Costa.
Em Lisboa, exemplificou, uma das universidades com mestrado em ensino abriu 15 vagas e teve 90 candidatos.
A curto prazo, exemplificou, a tutela tem vindo a reduzir o tempo de substituição de professores, a acelerar a contratação de escola quando tal não é possível, a alterar os escalões remuneratórios e a autorizar o preenchimento de lugares por professores recém-formados, que não concorreram nos últimos concursos ou não profissionalizados “em último caso”.
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