O governador Mário Centeno disse hoje que tanto o Banco de Portugal (BdP) como o Fundo de Resolução são “contrários” ao pagamento de prémios à gestão do Novo Banco e afirmou que o valor será “deduzido” à chamada de capital.
“O valor destinado a prémios no Novo Banco vai ser este ano, à imagem do que sucedeu no ano passado, deduzido à chamada de capital do Novo Banco”, referiu Mário Centeno.
O governador do Banco de Portugal falava durante a apresentação do Boletim Económico de maio, em resposta a uma questão sobre os prémios de gestão à equipa liderada por António Ramalho.
Neste contexto, precisou, o Fundo de Resolução (FdR) e o Banco de Portugal (BdP) “são contrários à determinação deste pagamento [de prémios] num momento em que o Novo banco devia pugnar pela preservação do seu capital” para poder apoiar a economia.
Num ano em que perdeu 1.329 milhões de euros, o Novo Banco decidiu atribuir prémios de quase 1,86 milhões de euros à equipa de gestão.
O banco informa, em relatório de contas enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que se decidiu a atribuição de bónus aos membros do Conselho de Administração Executivo, mas sublinha que “nenhum pagamento foi feito” – se vier a ser, será só em 2022, após o fim do programa de reestruturação em curso.
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