//Presidenciais: João Ferreira diz não compreender silêncio de PR sobre encerramento de refinaria da Galp

Presidenciais: João Ferreira diz não compreender silêncio de PR sobre encerramento de refinaria da Galp

O candidato presidencial João Ferreira recusou, esta quinta-feira, que o encerramento da refinaria da Galp em Leça da Palmeira seja para promover a descarbonização do país, dizendo não perceber que não haja “uma palavra” do Presidente da República sobre o assunto.

“Estamos perante uma decisão que não é de nenhuma forma motivada por qualquer necessidade do país, por qualquer objetivo de melhoria o país”, considerou, recusando o argumento de que a medida se destine a promover a descarbonização.

Para o candidato comunista, trata-se de uma “decisão motivada única e exclusivamente por aumentos do lucro do acionista” e não de “promover a descarbonização”, pois o país não vai deixar de depender dos produtos refinados que são produzidos em Matosinhos.

Intervindo numa sessão pública em Leça do Balio, o eurodeputado disse ainda não compreender que não haja uma palavra” do Presidente da República sobre o encerramento da refinaria, pois o chefe de Estado “não pode ser insensível” a situações como esta.

“Sabemos que os seus afetos normalmente nunca penderam muito para o lado dos trabalhadores”, afirmou, considerando que é de uma “irresponsabilidade e insensibilidade” que, no momento que o país atravessa, o chefe de Estado não se pronuncie sobre a situação.

Em causa está o anúncio, em 23 de dezembro, de que a Galp vai concentrar as suas operações de refinação e desenvolvimentos futuros no complexo de Sines e descontinuar a refinação em Matosinhos a partir deste ano.