Na abertura do 64.º Congresso Mundial da ICCA – International Congress and Convention Association, encontro que reúne cerca de 1.300 profissionais especializados no segmento do turismo de eventos, o Presidente da Câmara do Porto, Pedro Duarte defendeu a necessidade da cidade se concentrar no turismo de qualidade.
O autarca recém-eleito assegurou que “o turismo de massas não é o único caminho para alcançar fortes resultados económicos”, e garantiu que “a cidade pode e deve focar-se em segmentos de maior valor, enfatizando a qualidade em vez da quantidade, a sustentabilidade em vez do turismo de massa e o valor em vez do volume”.
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O autarca recém-eleito alertou também para o risco da cidade se descaraterizar e lembrou que no Porto também já existe “pressão pública para conter os efeitos do turismo excessivo”.
Pedro Duarte entende que “uma das nossas maiores forças é a autenticidade da cidade e dos seus habitantes”, e adverte que “se dependermos de produtos turísticos padronizados e indistintos, corremos o risco de perder o carácter genuíno que distingue o Porto”. Depois, o autarca lembrou que “em toda a Europa, muitas cidades já adotaram medidas para conter os efeitos do turismo excessivo; e que “aqui no Porto, a pressão pública está a aumentar para gerir os fluxos de visitantes e salvaguardar a qualidade de vida dos residentes”.
“Neste contexto, como este representam um segmento turístico de alto valor que se enquadra perfeitamente no modelo equilibrado, sustentável e de alta qualidade que defendemos. Um modelo que cria valor sem exercer pressão excessiva sobre os sistemas públicos, os espaços públicos ou a vida quotidiana dos residentes”, acrescentou.
Naquele que foi o seu primeiro discurso público desde a tomada de possa a 5 de novembro, Pedro Duarte garantiu que “a Câmara Municipal do Porto se mantém totalmente empenhada em trabalhar em conjunto com todos os parceiros na promoção da cidade e da região”, defendendo em particular “o turismo de negócios; um pilar da nossa indústria turística”, porque “gera elevados retornos económicos, atrai investimento e reforça o perfil da cidade como um destino distinto”.
“Cria também valor em múltiplos setores da economia local, ajudando a reduzir a sazonalidade, a elevar os padrões de qualidade e a atrair públicos para a cultura e o lazer”, acrescentou.
Um pacto contra extremismos e discursos de ódio
Também na sessão de abertura deste congresso que junta participantes de 81 países, o presidente do turismo do Porto e Norte de Portugal apresentou aquilo a que chamou de “Porto and North Forever Pact”; com “um conjunto de princípios para serem praticados”. Luís Pedro Martins pediu aos participantes para promoverem os valores da fraternidade, e da paz; alertando para “os extremismos, discursos de ódio e insensibilidade” que estamos a viver.
“Vivemos tempos complicados, com extremismos, com guerras, com muita insensibilidade, com discursos de ódio, discursos que nos pretendem colocar uns contra os outros e por isso podemos ser nós os primeiros a dizer Não a tudo isso. Somos a Indústria da Paz, não queremos guerras, não queremos ódio, queremos harmonia, liberdade e amor”, sublinhou.
O Presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal – entidade principal pela organização do Congresso – terminou a sua intervenção com o reforço da ideia de que o turismo é factor de harmonia. “Que o Porto nos anime a todos nesta caminhada, somos o setor que derruba fronteiras e que une quase todos os outros setores de atividade, somos uma força positiva para a economia dos nossos países, somos universais e caramba, somos muito especiais”, concluiu.











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