O presidente da Águas de Portugal, José Furtado, comunicou esta quinta-feira a sua renúncia ao cargo, avança o jornal Eco. Em nota enviada à Renascença, o Ministério do Ambiente e Energia comunica que aceitou a demissão.
“A Ministra do Ambiente e Energia aceitou o pedido, compreendendo as razões apresentadas, tendo sido acordado que o processo de transição seria feito dentro de um quadro de normalidade”, refere.
O gestor tinha colocado o lugar à disposição a 13 de abril à nova ministra que tutela a empresa, Maria da Graça Carvalho.
Segundo o Público, o Governo de Luís Montenegro deu indicações à Parpública, empresa que gere as participações do Estado e detém 81% do capital da empresa, para que um aumento de capital de 100 milhões de euros – que ia a assembleia geral esta quarta-feira – fosse inviabilizado ou fosse retirado da ordem de trabalhos.
No final de dezembro do ano passado, a Parpública e a Caixa Geral de Depósitos (CGD) decidiram distribuir entre si um montante de 100 milhões de euros, que foi transferido para a conta bancária da Parpública e ajudou a reforçar o excedente de 3.193,5 milhões apresentado pelo Governo anterior.
O ECO adianta que José Furtado chegou a admitir a saída da Águas de Portugal nessa altura, mas que a decisão de renúncia não tem qualquer relação com a operação de aumento de capital. O presidente deverá manter-se em funções até ao final de maio.
José Furtado iniciou funções em maio de 2020, depois de ter sido administrador da empresa entre 2002 e 2005.
[artigo atualizado às 17h59 com confirmação do Ministério do Ambiente e Energia]
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