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O presidente do Conselho de Administração da CGD, António Morais, prevê que o ano de 2023 seja um “sucesso”, apesar dos desafios relacionados com guerra na Europa, possíveis ciberataques, inflação, alterações climáticas e custos energéticos.
“O ano de 2023 será, mesmo tendo em conta todas as existências que nós não conseguirmos antecipar, um ano em que estaremos à altura das circunstâncias, um ano em que saberemos lidar serenamente com a realidade como ela se apresenta. (…) Digo isto com a certeza de que, quer para as pessoas, quer para as empresas, é o propósito, o projeto, o objetivo, o rumo que soubermos traçar que nos permitirá em 2024, por esta altura, poder afirmar que o ano de 2023 foi um sucesso”, declarou António Morais.
Durante a sessão de abertura da iniciativa “Encontro Fora da Caixa 2023: desafios para as empresas”, organizado pela Caixa Geral de Depósitos, que decorre hoje em Vila Nova de Gaia (Porto), o presidente do Conselho de Administração da CGD alertou, contudo, que o “paradigma mudou” desde a pandemia da covid-19.
“O paradigma mudou (…). Hoje as grandes e médias empresas procuram parceiros locais, ou regionais, para fornecer a sua linha de produção, trazendo para mais perto de si e do consumidor o resultado final, ou quase final, evitando fenómenos de aprisionamento por força de dependência de linhas logísticas”, explicou.
A “desglobalização” que se perspetiva tem custos e desafios, mas é também uma “oportunidade para as empresas nacionais e internacionais”, considerou António Morais.
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Outro desafio que marcará Portugal em 2023 vai ser a contratação de pessoas com os conhecimentos adequados num mercado competitivo, alertou, referindo que as empresas portuguesas “sentem a falta de recursos especializados”.
“Reter as pessoas mais valiosas vai continuar a ser este ano um desafio para todos”, disse.
As empresas vão também ter de continuar a sua evolução tecnológica, que exige investimentos permanentes.
“O custo para a segurança digital num momento de guerra na Europa, em que o risco de ciberataques aumentou, deve ser cada vez mais um ponto em consideração das empresas”, destacou.
As alterações climáticas, o custo da energia e as exigências da transparência por parte de operadores e clientes obrigam a dar atenção às “novas realidades” e aos “custos associados”, concluiu.
Apesar de ter sido um ano em que a subida da inflação marcou presença de forma decisiva, o presidente do Conselho de Administração da CGD disse que o ano de 2022 “correu melhor do que o esperado para a maioria das empresas portuguesas”.
“Num ano difícil para as empresas e clientes, os empresários souberam estar à altura e superaram as dificuldades, encontraram novos mercados para explorar, repensaram as cadeias logísticas de escoamento dos seus produtos, repensaram soluções e fornecedores de energia e estão hoje mais bem preparados para os desafios que aí vêm”, concluiu.
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